sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

234º dia

Então. Não sei o que há comigo. Atacando os doces loucamente. Todo e qualquer doce. Aí resolvi nem me pesar pra não dar desânimo e voltar pro suco de pepino. Só pra tomar uma coisa doce que embucha e não engorda, tecnicamente.
Morrendo de sono aqui. Tanta coisa pra fazer, e eu to só pela soneca no fim do dia.
Mas vamo que vamo, ainda é sexta, e eu odeio sexta feira. Vai passar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

é, eu sei

Faz tempo demais desde que postei aqui pela última vez. E como só eu leio mesmo, nem sei porque posto. Mas enfim. Ando na mesma. Muita coisa pra se preocupar, muito a fazer. 


Pesando 62 kg, finalmente. Firme e forte no pilates. Parei com o tal do pepino, porque sério, enjoa. Comprando coisas que nem louca. Sem meditar. 


Tava vendo agora que eu cheguei a 66 quilos. Que doideira. Ao menos to evoluindo. Ah, e não estou mais fazendo aeróbicos, porque está quente tipo o inferno, e não tenho mais paciência. Instalei uns apps no mac também... Um é o  HeathNut, que conta calorias e coisa e tal. E o Weight Computer, que tipo mostra a evolução do peso e tal. Os dois são pagos, mas só uns trocados. O HealtNut é que vale mais a pena, mas tem que saber bem inglês. 


Isso.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

181º dia

Feliz da vida. Me pesei hoje, sem grandes pretensões. E finalmente, baixei dos 64! 
Ok, ok. Estou com 63,5kg. Mas já é uma grande coisa pra mim! Incentivo pra continuar me cuidando. Aliás, pra me cuidar ainda mais. Tinha dado uma parada no suco de pepino, mas estou voltando à ele. Não acredito que ele emagreça, mas ele dá uma saciada legal, que faz eu comer menos. 
Vou tentar tomar mais água também, e comer mais frutas. Se não emagrecer, a pele ao menos agradece! 

E agora é isso. Continuar persistindo no pilares e na esteira, e me desviando dos pães de queijo e docinhos da vida. Um dia eu ainda chego nos 54kg...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Frustrada


Não ando conseguindo equilíbrio nenhum. Estrou frustrada. 

Essa semana pisei na jaca. Comi o que não devia, não fiz o tanto de exercício que me propus. 

Não consigo trabalhar, sempre me distraio com o que não devo. 

Comprei coisa demais, gastei dinheiro que não tenho. Porcarias, nada de útil. Tudo coisa que já tenho.

Gastei meu tempo com bobagem.

Briguei com minha mãe. Na verdade nem isso fiz. Ela brigou sozinha comigo. Ela me irrita como se não houvesse outro ser sobre a Terra. 

Já é setembro. Sinto a vida escorrendo entre os dedos. 

Tentando ver o positivo dessa semana, mas tá difícil. Ganhei uns brindes, comprei as luminárias que precisava. E? Nada. O vazio. 

Frustrada comigo. 


Ps.: O carteiro acabou de chegar, cheio de caixinhas pra mim. O melhor? Uma paguei muito pouco e recebi mais do que imaginava, e a outra me custou só um mico no facebook! =D

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Banho quente


Posso ficar sem muita coisa. Sem maquiagem, sem dormir direito, sem comer. Desde que eu possa no fim das contas tomar um banho quente. Quente, eu digo fervente. E um sabonete ultra cheiroso. De preferência líquido. 
Lembro até hoje da primeira vez que tomei um banho quente, demorado e com um sabonete bem cheiroso pra acalmar a raiva. Tinha tido problemas na escola, um professor me entendeu mal, e perdi uma chance. Achei que estava tudo perdido. Cheguei em casa bufando. Minha mãe me botou no chuveiro. Mágico. Saí de lá mais leve, mais calma. Pedi desculpas para o professor no outro dia e tudo deu certo. Não faço idéia de que idade tinha. Talvez uns 11. 
Continuo usando a mesma tática. Se tudo mais dá errado, vou pra casa. Me enfio num chuveiro, encho a esponja de sabonete e derreto embaixo da água. Se for muito séria a situação, me enfio na banheira até a água ficar gelada. 
Um sabonete cheiroso é uma ótima aquisição, sempre. Faz eu esquecer aquele banheiro de quarto de hotel de centro horroroso. Faz esquecer do carpete sujo, da casa sem nada, daquele canalha, daquele atendente estúpido, do cheiro do hospital, da mancada que dei. 
Tem que ter alguma magia no combinado água escaldante + sabonete cheiroso. Não resolve a situação. Mas lava a alma, e me deixa pronta pra seguir adiante.  É o meu luxo que não abro mão. Chega a ser uma necessidade básica.

Em tempo: ninguém faz sabonete tão cheiroso e mágico quanto a L'occitane. Tanto em barra, quanto líquido. Não é barato, mas por todo esse benefício, sinceramente, pra mim vale a pena. 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

145º dia

Apesar de achar que não, emagreci mais um quilo. Agora peso 64,600 kg. E espero que até sexta um pouco menos. Mas o fato é que já estou mais pra 60 que pra 70. E isso já é alguma coisa. Baita coisa.


Um  a um.

domingo, 14 de agosto de 2011

137º dia

Ok, não postei na sexta. MAS. Emagreci um rico quilinho. E nem comi menos q o normal (pelo contrário, cometi uns abusos...). 
Agora estou pesando 65,300 kg. Finde não me cuidei nem tomei suco, devo ter engordado, mas não vou me pesar. Vou me cuidar bem e tentar dar uma maneirada. E continuar no suco, porque, né? Vai que. 
E espero sexta feira que vem tenha menos um quilo pra contar! 


Ah. Suco de pepino + morango é terrível. Das combinações mais legais: pepino+ maracujá. 


Outra coisa: resisti ao pão de queijo 2 VEZES essa semana. Aham. 2. Orgulhinho...


Bem, eu e o santo pepino vamos dormir. Porque essa semana começa cedo pra mim... 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

131º dia

Queria recomeçar a contagem, mas isso seria fraude. 
Me pesei ontem a noite, antes de dormir. 66 quilos e 400 gramas. Ok? Ok uma ova. Isso é uma vergonha! (Boris Casoy feelings)


Tomei o tal do suco de pepino hoje. Juro que não é tão ruim. E só o que notei é que mijei muito. E meio q deu uma enganada na gula. De leve, nada milagroso. Veremos. Tomara que dê certo...


Baccio, to com sono.

domingo, 7 de agosto de 2011

130º dia

Continuo insatisfeita, reclamando e não fazendo nada. Assim não dá. 
Vi esse post aqua no Beauty and Brains (blog que alias é muito legal…), onde a Daniele conta que já pesou 90 kg. Eu não acreditei. Ela é tão linda, tem um corpinho tão perfeito… De certa forma me estimulou.
Não sei como vai ser amanhã o dia todo. Mas sei que vou passar no mercado e trazer para casa uns bons pepinos… E passar longe, muito longe dos pães de queijo. Preciso. Ela conseguiu, hoje vive bem. Porque eu não posso também?


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

125º dia

Ok, escrevendo por ontem. Não me medi, mas me pesei... Uff. 66kg. Que merda.
O bom é que meditei, fiz esteira... E hidratei o cabelão, né? Porque ao menos dele eu tenho certo orgulho. Ando numa vibe de cremes celulíticos. Comecei a usar um da Nívea. Já uso um da Racco, sérum e tal. É tri bom, problema é que é desconfortável demais, esquenta e faz a bunda pinicar loucamente. Mulher só pode ser louca né?  Fato é que uso ele dia sim, dia não. Porque não aguento usar todo dia. Aí agora vou intercalar com esse da nívea, mas calminho e barato. Tomando também umas cápsulas na nutrice, pra celulite mesmo. Não sei se funciona, mas vamos lá. Tava meio crítica a situação, já melhorou bastante. Ao menos esse foi o veredito do meu namorado, e convenhamos, se ele acha isso, é o que importa. Afinal, ele vê mais a minha bunda do que eu. 
Aliás, finalmente transei de novo, e... Foi ótimo! Nada que um pouco de más intenções e ir pra cama mais cedo não resolvam...
E a dieta... Sério. Eu admiro quem consegue seguir uma. Eu não tenho a mínima força de vontade. Mínima persistência. Acho que talvez internada em um desses spas de novela, com regime fechado e rígido, eu consiga. Mas morra ao final de 7 dias, de puro desgosto. Pão de queijo. Chocolate (ao leite, claro. Nada de meio amargo ou coisa do tipo. E de verdade, nada de alfarroba.) . Baguete fresquinha. Queijo de cabra. Presunto cru. MANTEIGA! Farinha branca, nata, carne vermelha. Quem consegue viver sem isso? Não eu.
Vou tentar quinta. Um dia. SE conseguir esse um dia, semana que vem faço dois. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

124º dia

Eu deveria ter começado hoje a dieta desintoxicante. Não rolou. Meu máximo foi fazer pilates e tomar chá verde…
Mas enfim. Um dia de cada vez. 
Amanhã quero meditar de novo. E fazer esteira. E detox. Não vai ser fácil, mas eu vou tentar. Quero tirar minhas medidas de novo. Me pesar, se tiver coragem… E fazer uma bela hidratação no cabelo, caso meu peso não me anime.

Nada a ver, mas acho que estou com alergia à Natura. Começou com o creme "toda noite", e agora um creme pra mãos… Chato demais. Medo de usar outras coisas da marca e ficar pipocada… Se bem que o sabonete até então não fez nada, só os cremes dessa linha "todo dia", que são bem os mais baratos. Coincidência? 

Enfim. Respirar fundo que amanhã quero nascer de novo.

domingo, 31 de julho de 2011

123º dia

Ok, ando desanimada. Vontade de parar tudo, recomeçar do zero ou então simplesmente fugir de tudo. Estou cansada, não emagreço porra nenhuma, continuo comprando coisas como se não houvesse amanhã e  já faz 2 semanas que não transo com meu namorado. 
Na verdade até transei com ele semana passada, uma vez. Mas foi tão estranho, aquela coisa mais "ok, vamos lá" do que verdadeiramente vontade de trepar. Ando sem tesão, não sei porque.
Amanhã vou tentar voltar à vida. Me sinto hibernando. 
O número de hoje é legal. 123. Quem sabe não é o número do meu recomeço...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

102º dia

Bem, meu corpo realmente refletiu o quanto estava exausto. Fiquei bem gripada, sem ânimo para nada.


Mas é uma nova semana, uma nova segunda feira. Me sinto disposta a recomeçar. Uma semana de inércia teve enfim algum efeito sobre mim. Parece que a vida tem que ser resolvida, eu estou pronta para resolver.






(Musiquinha pra começar a semana:




Who am I to desagree?)



segunda-feira, 27 de junho de 2011

88º dia

Ela foi pra casa hoje. 
Meu corpo reflete o quanto minha alma está exausta. 
Eu estou feliz, claro. Mas sinto que só agora tenho o direito de me abalar. Eu precisava que alguém me segurasse nos braços, pra eu poder chorar, desaguar essa dor. Alguém que não me julgue. Que seja forte por mim.

Eu preciso de ar. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

85º dia

Psicho killer, na versão original, pra embalar a sexta feira. Nada a ver com a letra ou nenhum intuito psicótico. Só porque é legal cantar "fa fafa faaa fafa fafa far better"! 






Aliás, as coisas andam melhores. Minha amiga saiu da UTI, esfriou de novo, é São João, amanhã tem comidinhas legais e heavy metal. Preciso me agilizar em um monte de coisas, mas já estou andando devagarinho. Tenho que me disciplinar mais.
Não meditei, nem fiz aeróbicos. Mas estou feliz, muito feliz. E apesar dos meus pequenos deslizes, acho que até estou bem comportada alimentarmente falando. (Eu sei, essa palavra nem deve existir.)




Bom fim de semana, aproveitem as festas e não liguem para calorias. Não agora. Ser feliz é mais importante que ser magra. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

81º dia

Ok, notei que ando com essa tendência de abandonar meu dia a dia, postando quase sempre em segundas. Que feio.
Ando comendo demais. Estou ansiosa. Preciso urgentemente voltar a meditar e fazer exercícios aeróbicos, porque parar de comer tanto está muito difícil...
Enfim. Vamos ver como me saio amanhã, porque hoje já era.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Memórias Avulsas I

Houve um verão em Curitiba. Uma semana, na verdade, naquela cidade verde e de clima instável. Eu era uma menina de 14 aninhos, com todo o calor da idade, com toda a revolta da adolescência. Linda, fresca, feliz e desfrutando de uma semi-liberdade muito desejada. Caminhei por aquela cidade, quis descobrir todos os cantos, sentir todos os odores e viver todos os amores e ardores. Conheci um japinha doido… Tinha 21 anos, eu nem lembro do nome dele. Lembro do sorriso dele, do jeito q ele me olhava. Era leve, era maluco. Beijava incrivelmente bem. Ele me procurava, eu fugia dele. 
Houve uma tarde absurdamente quente naquela cidade quase sempre fria. Andava e fugia da mão do japa, que sempre tentava agarrar a minha. E de repente  começou a chover, quis fugir da chuva e ele riu de mim. Me pegou pela mão, me arrastou para a chuva e me beijou. O beijo morno, a chuva gelada. Tão louco! Rodopiava comigo pela chuva, como uma criança, como uma cena de filme. A chuva não parava, nem eu queria que parasse. Aquela luz, o cheiro, a sensação da água. Tão poético, tão sensual. Paixão instantânea, fast food. Foi tão bom.
Houve uma noite, e nessa noite um concerto. Um tédio para tanto hormônio explodindo em mim. Nos beijamos loucamente dentro do teatro. Ele pegava minha mão e beijava meus dedos como se fossem minhas pernas. Eu não tinha sentido nada assim antes. Foi a primeira vez que peguei em um pênis. Por cima da calça, mas ele estava tão duro, e me pareceu tão ousado… E depois ele me ensinou a bater palmas, e que trompas escorrem baba, e que batom é feito para sair. 
Eu não tenho saudade dele. Não me apaixonei por ele. Na verdade, mal o suportava de tão intenso que era. Espontâneo. Me recordo sem nostalgia, mas com carinho.
Foi exatamente como uma chuva de verão. Deliciosa, fresca, intensa. Mas rápida. E uma lembrança tão boa...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

74º dia

Ok. Hoje deu tudo certo, estava tudo certo. Porque agora teve que azedar? 

Entro no facebook e aquelas frases do tipo "estou me sentindo estúpido" e "levei um balde d'água fria". Sei que estava falando para mim, embora nada o dissesse. Tentando não me sentir culpada. Sentindo que é a hora de dar um balde d'água fria definitivo. Sabe? Poxa, se a criatura não consegue perceber que estou num momento super difícil e delicado, com minha amiga mal e ainda construindo meu próprio negócio, não posso pedir mais nada dela. O mundo é ao redor do próprio umbigo. Só disse que agora não era o melhor momento, o que posso fazer? Implorar pelo contrário é que não. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pray!

Musiquinha para alegrar o dia.


Violoncellos tocando heavy metal. Gosto muito. Sem letra, mas com muito sentido. 


Pray! por apocalyptica. Se não conhece, vale a pena escutar. ;)

terça-feira, 7 de junho de 2011

amor

 "Fui ao show do Paul McCartney no Rio esse fim de semana e ele termina o show com uma frase muito bacana. É o meu lema de vida: "And in the end, the love you take is equal to the love you make". Façamos amor. O tempo todo. Com a gente mesmo, com nossa família, nossos bichos de estimação, colegas de trabalho. Só o amor pode nos curar de tanta dor."
(parte desse comentario.)

Só o amor pode nos curar de tanta dor. 

Venho pensando nisso há dias. Me escrevestes isso por uma situação tão diferente. E ainda assim se encaixa no que vivo. Acho que se encaixa no que todos vivemos. 

Eu ando triste. Triste de uma forma que não me lembro de ter ficado antes. Não é por falta de auto estima, não por falta de amor, nem por depressão ou outro transtorno. Estou triste, porque minha melhor amiga não responde, sequer abre os olhos. Essa situação toda de UTI me deixa triste, cada vez mais triste. Pensar nos motivos de ela estar lá me deixa triste. É uma tristeza que vai me anestesiando. Me impedindo de sentir outras coisas. Eu continuo querendo viver, continuo amando e tentando fazer a vida ir adiante. Mas é como se estivesse um pouco acima de mim, me assistindo. E não é agradável. Consegui chorar sexta feira. Chorei desesperadamente, e fiquei feliz, porque naquele choro eu sentia. Dor dilacerante, um medo absurdo, mas sentia. E agora voltei ao mesmo.
Eu gostaria de ter fé, essa fé bonita que a gente vê nas pessoas que rezam e acreditam que existe alguém que as abençoa, que é só amor. 
Eu não tenho certeza quanto a deus. Ou deusa. Gosto de santos, porque sei que foram pessoas reais. Porque tem falhas como nós e superaram. Mas não sou católica. Nem espírita ou africanista, embora simpatize. E respeito qualquer igreja que não tente me convencer que ela é a única certa.  Não acredito que só um grupo de pessoas tenha a verdade absoluta. 
Mas eu acredito que o amor existe. Eu acredito no amor puro, que nada exige, só existe. Acredito que o amor cura tudo, junto do tempo. E antibióticos potentes, no caso da minha amiga. Eu preciso acreditar que ela vai sobreviver, que ela vai superar isso. Eu preciso acreditar que vou voltar a sentir algo. Eu quero acreditar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

67º dia

Passou meio voando. Comi muita bobagem. E morri de vontade de fumar um cigarrinho...
Ando com muito desejo de doce. E por estar triste/preocupada, não ando me negando. Compensando. Feio isso... Preciso dar um jeito.

leitores?

Acabei de dar uma espiada na abinha "estatísticas", queria ver o que era. Levei um susto! Umas trezentas e tantas visualizações! Ok, umas delas são minhas porque eu preciso ver se ele ainda está do jeito que fiz (sim, acontece de às vezes não estar). E tudo bem que eu imaginava que pessoa ou outra pudesse ler. Mas não imaginei que tantas, nem em tão pouco tempo. É um blog extremamente pessoal, não tem intuito de nada, além de ser meu diário da minha busca por mais sanidade. 
Mas fico muito feliz. Mesmo. Obrigada por lerem!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

64º dia

Ela continua lá. 
Uma balada do Whitesnake para acalentar o coração. Clica no título da música que ele te leva pra ela. E não se enganem. Nem todas baladas são sobre namorados.







Summer Rain

Lately I've been thinkin'
Even thou' I'm miles away
I can feel your love around me
You're with me everyday
And of all the roads I've traveled
And all that I've been through
No matter where life takes me
Never far from you

You warm me like a morning sun
With you my life is just begun

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

I traveled each and every highway
With you in my heart
And all the gold and silver
Can't keep us apart

You warm me like a morning sun
With you my life is just begun

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

You warm me like a morning sun
Baby you're the only one

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

Love comes over me, like summer rain
Love comes over me, like summer rain
Love comes over me, like summer rain
Love comes over me, like summer rain

quarta-feira, 1 de junho de 2011

62º dia

Minha melhor amiga foi internada na UTI. Anos tomando laxantes e diuréticos e uma neurose absurda com a aparência fizeram isso com ela. Não julguem. É impossível dimensionar caso não estejam na pele dela. Os músculos dela não respondem, e ainda tem uma infecção. Ela praticamente morreu, ela ainda está por um fio.
Eu tô morrendo de medo. Meu dia foi uma bosta. E não tem nada para comer. Queria algo doce.





Queria que ela ficasse boa.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Shopaholic

Eu sou meio compulsiva para compras. Adoro comprar. Principalmente pela internet. Parece que não gastei dinheiro, e ainda vem em uma caixinha, o que faz parecer presente, principalmente porque nunca sei quando vai chegar. É mágico, me faz sentir bem. Sempre amei surpresas, sempre amei receber presentes. Como ninguém mais faz para mim, eu mesma faço. Mas acontece que eu abuso, e tenho muito mais cosméticos e maquiagens do que uma pessoa normal conseguiria usar em uma vida. Eu estoco coisas. É absurdo. Pela internet, o que costumo comprar é isso: cosméticos e maquiagens. Preciso dar uma limitada por dois motivos simples: economizar dinheiro e conseguir usar esses produtos que tenho. Por isso a seguinte resolução:

Não vou comprar mais batons até que tenha posto fora/usado no mínimo 5.
Não vou  comprar base até que tenha terminado com a da revlon + velha e a em mousse. 
Não vou comprar mais rímel até que tenha terminado com o boreal e mais um. Não vou comprar shampoo até que tenha terminado com os da redken. 
Nem corretivo, até que tenha usado os que tenho.
Nem esmaltes, nem sombras, lápis de olhos, blushes ou delineadores, a menos que alguma cor/ item tenha acabado e eu realmente precise de outro. 
Também não vou comprar mais cremes corporais/ sabonetes enquanto não tiver exterminado o que já tenho. 
Coisas para rosto e cabelos, só comprarei novos caso tenha esgotado o que já tenho. 

Pode parecer besta, e repetitiva a minha lista. Mas para mim faz sentido. E vai ser absurdamente difícil cumprir com ela. Vou tentar. Quem sabe?
Queria fazer um branqueamento nos dentes. Mas a laser, porque não tenho paciência pra essas moldeiras e todo o trabalho. Ainda não tenho dinheiro para isso. Até o fim do ano acho que faço... Posso economizar algum dinheiro para isso.

61º dia

Me diverti muito fim de semana. E me machuquei também. Por isso não fui no pilates hoje. Devo compensar quando estiver melhor.  Minha internet está uma lerdeza que só. Tudo bem. O dia também foi lento... Não sei porque tanto odeiam segundas feiras. Eu até que gosto. Ainda tem a semana inteira para resolver os problemas. Ao contrário da sexta, que parece que nunca dá tempo pra fazer nada. 


quinta-feira, 26 de maio de 2011

A whiter shade of pale


A letra não faz muito sentido. A melodia é linda. E a série era ótima. 


Sem mais. 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Como lidar?


Como é difícil lidar com uma pessoa com problemas psicológicos… 
E eu não falo de mim, sou uma pessoa com problemas normais, que só quer achar um jeito pacífico de conviver com eles. Falo de problemas de verdade, tipo depressão, alcoolismo, bipolaridade, pânico… 
Eu tenho uma madrinha. E ela é muito querida pra mim. Ajudou a me criar, é uma mãe mesmo. Sempre soube que ela e a família dela tinham problemas de instabilidade mental, mas nunca tinha me dado conta da profundidade disso. Agora ela surtou. 
E é tão difícil. Ela não é a mesma, eu não sei como lidar com ela. A mania de perseguição, esse medo que ela sente… É real. Existe como um muro cinza no meio de uma sala. Está lá. Parece surreal. Atrapalha, e ninguém sabe dizer ao certo o que está fazendo lá e o que fazer com ele. Dizer que ele não existe é negar o óbvio. 
Tento conversar com ela. Ela acha que está sã. Eu sinto o esforço dela para fazer com que a gente acredite nisso. E ao mesmo tempo, ela vê um fio de poste mais caído e tem certeza que cortaram a luz da casa dela e tem alguém esperando ela em casa para torturar ela até que consiga o que quer. E então ela rasga os documentos e queima dinheiro. 

Eu não sei como agir.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

54º dia

Finalmente consegui me pesar, depois de um bom tempo (um mês) evitando a balança. E entendi porque fugi. Porque estou estacionada naqueles malditos 64 quilos. 
Decidi me subornar, por conselho do meu "Terapeuta de bolso". Se eu comer razoavelmente a cada 3 horas e fazer exercícios 3 vezes até sexta feira, posso fazer uma compra que estou desejando… Porque aparentemente sou viciada em compras, e compro muito mais do que preciso. E preciso limitar isso, porque meu cartão de crédito não tem limite. Ou o limite dele é muito alto. Mas, se fizer tudo certo, posso comprar o que me predeterminei. 

Resolvi mudar o foco, como já deve ter dado para perceber. Eu não quero só mudar de peso. Quero mudar minha relação com a comida. Sou nova. É uma mudança que acontece devagar. Nem tenho pressa.

E aliás, indico esse livro da Therese J. Borchard. Ela é uma pessoa comum, que dá conselhos baseada na própria experiência: anos de convívio com terapeutas e de superação da sua própria condição psicológica. É bom, porque não é politicamente correto, não é pasteurizado. É real e faz a gente pensar. Dá dicas de como lidar com as nossas sombras. Como sobreviver ao dia a dia. Eu não li todo. Casualmente abro em páginas aleatórias, quase um guru. Saem boas coisas de lá. 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

49º dia

Fui uma boa menina. Ou quase isso. Mas fiz tudo direito. Comi a cada 3 horas. 
Me apeguei na minha nova prece. Ainda vou decorar de tanto que leio. Mas é bom me lembrar que a decisão de como agir ou reagir é minha. Só minha. 
Para o alto e avante! 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

48º dia

Hoje, apesar de ter comido um xis, consegui comer a cada 3 horas, e melhor, só a cada 3 horas.
Fiz exercícios também.
Não me sinto exatamente bem, mas também não me sinto mal. Está frio, e eu estou ficando com sono... Será que hoje consigo dormir mais cedo?
Tomara. Não aguento mais me rolar na cama até dormir.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Decidi.

"Decidi hoje caminhar sobre a terra com passos leves,
buscando o equilíbrio entre todas as coisas.
Buscar a integridade e agir com consciência. 
Agradecer pelas bênçãos da vida
e manter o bom humor em todas as situações.
Olhar com amor para toda a criação.
Buscar a sabedoria e a orientação da mãe natureza.
Ser uma fonte de equilíbrio e força
para minha família e amigos.
Escolher curar em vez de ferir e me lembrar de que
a escolha de como agir ou reagir é sempre minha."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

47º dia

Aquela coisa. É segunda feira. Mas eu ainda não tive forças de mudar.
Comprei uma Boa Forma. Sei que não vai servir de muito.
Querendo mudar de atitude de uma forma mais integral, não só dieta. Quero mudar  minha relação com a comida. Com as compras. Com meus pequenos vícios.

Cortei cabelo. Ainda sinto que preciso de outro algo novo em mim.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Poison - minha maldição pra essa sexta feira 13

(Alice Cooper) 
Your cruel device
your blood like ice
one look could kill
my pain, your thrill
I wanna love you, but I better not touch (don't touch)
I wanna hold you, but my senses tell me to stop
I wanna kiss you, but I want it too much (too much)
I wanna taste you but your lips are venomous poison.
You're poison running through my veins,
You're poison...
I don't wanna break these chains.
Your mouth so hot
your web, I'm caught
your skin, so wet
black lace, on sweat
I hear you calling and it's needles and pins (and pins)
I wanna hurt you just to hear you screaming my name
Don't wanna touch you, but you're under my skin (deep in)
I wanna kiss you but your lips are venomous poison.
You're poison running through my veins,
You're Poison...
I don't wanna break these chains.
Poison....
One look (one look)
could kill (could kill)
my pain, your thrill
I wanna love you, but I better not touch (don't touch)
I wanna hold you, but my senses tell me to stop
I wanna kiss you, but I want it too much (too much)
I wanna taste you but your lips are venomous poison.
You're poison running through my veins,
you're poison...
I don't wanna break these chains.
Poison...
I wanna love you, but I better not touch (don't touch)
I wanna hold you, but my senses tell me to stop
I wanna kiss you, but I want it too much (too much)
I wanna taste you but your lips are venomous poison.
I don't wanna break these chains
Poison... (poison)
Running deep inside my veins...
Running deep inside my veins...
Poison... (poison)
I don't wanna break these chains
Poison...



Não sai mais da cabeça. Cuidado.

42º dia

Meditei hoje. Tinha esquecido do quanto isso me faz bem.

Fiz negrinho também. Essa umidade me mata.

Não comprei a tal da lipo-promessa-mágica. Orgulhosa por não cair em possível falsa promessa. Em compensação, comprei muuuuitas especiarias, que estou ansiosa para que cheguem logo. Ao menos elas eu sei que não são falsas, nem compensações. Sei que a vontade de comprar tratamentos estéticos vem da vontade de compensar minha falta de empenho em emagrecer por meu esforço. Vou emagrecer. Ao meu tempo. 

Ps.: Era pra ter saído na 4ª isso, mas o blogger estava fora.

terça-feira, 10 de maio de 2011

41º dia

Um dia um pouco melhor. Consegui cumprir umas metas. Fiz exercícios aeróbicos, mesmo estando dolorida de ontem. Vi meu amor. Comi um pouco demais, bolinho de arroz no almoço é jogo baixo. Estou um pouco à flor da pele, pode ser. Mas me sentindo bem. Não comprei o pacote de lipo mágica. Mas ainda estou tentada.
Amanhã vou continuar tentando comer a cada 3 horas. Parece que me deixa mais controlada... Enfim. Também vou tentar dormir mais cedo hoje.

Isso. Boa noite, bons sonhos...

E deixo aqui uma  música que está na minha cabeça... Singela, mas linda.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

40º dia

Estou tentada. Não por negrinho, nem pão nem coisas assim. Estou tentada pela tal lipocavitação. Por esse anúncio aqui. Já fiz algumas dessas coisas, tipo, ultra-som, manthus, drenagem linfática, massagem estética… O único resultado que senti foi da época que fazia natação, mal comia, fazia massagem estética 2x por semana (que dói demais, por sinal) e localizados também 2x por semana. E aeróbios. De resto, nada. O resumo é: nada vem fácil. Ainda assim, estou tentada demais. 
Ok, é uma cidade longe, uma hora de viagem. É caro, mas uma boa promoção. Pode ser que não dê em nada. Não conheço ninguém que tenha feito. Ai. Temptations, temptations! (Imagina o coro do Savatage, não lembro o nome da música…)

O dia foi mezzo. Dormi, lavei cabelo, fiz pilates, passeei com o cachorro. 
Tentei comer a cada 3 horas. Só a cada 3 horas, sem beliscos. Até que acho que funciona, hei? Hoje não deu muito certo, mas amanhã tentarei com mais afinco. 
O fim de semana foi uma coisa, fiz pão, comi horrores. Não ouso me pesar por enquanto. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

35º dia

Só para dizer que ainda estou viva. Que não mudou muita coisa. Que estou entediada. E ainda gripada.
Voltei no pilates, depois de uma folga. Isso. Tá frio, dá mais vontade de comer, de ficar quietinha. Que seja.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

29º dia e enlouquecendo

To be or not to be. 
Dilemas. Porque  minha vida parece baseada neles?
Queria ao menos uma vez ter uma escolha fácil. 
Porque raios sempre aparece algo para que eu me questione? Sempre. No amor, na vida, nos negocios, na fé. 
Eu não consigo ter uma fé absoluta. Ou se tem fé, ou se questiona. Os dois não foram feitos para conviver. Sempre invejei os que tem uma fé sólida. Eles parecem tão mais tranqüilos, sem esse peso de total responsabilidade que carrego em meus ombros. "Se deus quiser, assim será" versus "se eu conseguir assim será". Se em um tira-se totalmente a responsabilidade de si, o outro joga ela toda em cima de si. O que também é mentira, porque não é querer para acontecer. Eu não acredito em muita coisa, mas sei que querer não é poder. Eu não sou o único fator que faz as coisas acontecerem. Vivemos em um mundo, em sociedade. As coisas estão interligadas. Uma coisa sempre interfere em outra. Acho que essa é a minha única crença: teoria do caos. Não me parece muito confortante. Nem um pouco para dizer a verdade. Queria ter um deus à quem eu pudesse pedir as coisas, e dormir feliz acreditando que ele me dará tudo. 
E devo ter fé que tudo dare certo? "And I think everything is gonu be all right no matter what we do tonight." Quem me dera. Em quantas situações de alto risco noose enflames a cada dia e conseguimos nos sair bem de qualquer forma, não importando as más premissas? É uma questão de sorte? Uma questão de não se preocupar, simplesmente não pensar nisso? O que me parece é que as proporções são outras, mas as chances e estatísticas estão em todos os lugares, e todos os dias, ou  nos juntamos às estatísticas ou contrariamos elas. Sem nem pensar, sem ao menos se preocupar com isso. Qual é a chance de ser atropelado ao atravessar uma rua, de pegar uma gripe, de encontrar um grande amor? Não faço nem idéia. Já contrariei algumas expectativas. Não engravidei, nem peguei nenhuma dst, contrariando minha primeira ginecologista. Ela disse que as chances eram altas, porque não tinha pai e comecei minha vida sexual cedo. Transei muito sem camisinha, mais do que deveria. E nunca consegui tomar a pílula direito. Mesmo assim, nada. Não virei alcoólatra, como meu pai. Não procuro meu pai em relacionamentos com homens muito mais velhos. Não sou uma drogada, como temiam minhas professoras. Encontrei um grande amor antes dos 20. Nem sei se são estatísticas reais. Provável que não. E todos os dias são pequenas estatísticas que contrariamos, a cada decisão.
E porque ainda assim, é tão difícil tentar ignorar mais uma estatística, fazer do meu jeito e continuar crendo piamente no acaso?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

28º dia

Fiz acupuntura. Comi tudo o que vi pela frente. Não fiz nada o dia todo, porque não tive a mínima vontade de fazer algo.


O último post ainda ecoa na minha cabeça. Sei que não é daí que surgiram meus problemas. Na verdade não sei de onde eles surgiram. Mas que é fato que essa coisa da sexualidade me perturba, é. 
Não tenho problemas com a sexualidade em si. Ela é bem resolvida. Meu namorado atual é um ótimo homem, que me faz sentir ótima quanto à isso, e ademais já me sentia tranquila quanto ao sexo antes dele. Sexo não é o problema. O problema é a sensualidade, minha auto imagem. Me pergunto se não deixei minha sensualidade de lado propositadamente. Porque é fato que eu não quero mais ser abusada, que eu não quero que pensem que podem tomar atitudes comigo pela minha aparência. 
Isso está mal resolvido, está uma bagunça. Eu sei que provavelmente deveria procurar terapia e essas coisas. Mas vou tentar resolver sozinha. Aos poucos vou me conhecendo. Seria o mesmo com um terapeuta, mas ele cobraria por isso. 
Eu sei que preciso me dar conta que não sou mais aquela menina. Que eu cresci. Que não vou deixar mais que façam coisas à mim que eu não queira fazer também. Aquela menina me fez aprender meus limites, me fez entender que o mundo é cruel e que a maldade existe. Me fez mais forte, me fez entender que a vida é dura. Mas essa menina precisa morrer. Precisa dar espaço à mulher que mereço ser. Uma mulher que sabe se cuidar, que sabe impor seus limites, que sabe o que quer. Uma mulher que não tem medo de acreditar no amor a despeito de tudo. Que é segura de si, tem sensualidade e sexualidade plenas e sadias. Uma mulher que confia no seu taco, sabe que é capaz. 


Morte e segurança. Quem diria que elas devem vir juntas?

terça-feira, 26 de abril de 2011

Abusada

Já fiquei com homens lindos que me disseram q eu sou linda e sexy. Já fiquei com mulheres lindas que disseram o mesmo. 
Quando era adolescente, a despeito da minha auto estima em frangalhos, achava que nada era páreo para meus seios grandes, cabelos loiros e saias curtinhas. Colocava meu batom vermelho e achava que estava arrasando. 
Hoje meus cabelos estão mais bonitos. De verdade que acho isso. Sei me vestir melhor, tenho estilo. Saias curtas não me pertencem mais. Uso muito mais maquiagem que só um batom vermelho. Mas não me sinto mais sexy. 
De alguma forma, aquela menina com a sexualidade a mil e sensualidade não censurada, foi embora. Em algum momento acreditei que a sensualidade não podia ser tão exaltada e cortei ela. 
Culpa do que? 
Culpa dos vários pés na bunda. Do abuso do professor que fez muito mais do que só o beijo que desejava. Culpa do amigo que nem era tão amigo e me estuprou em minha própria cama. Culpa do primeiro namorado, que queria me convencer de que era depravado, que o sexo não era tão natural assim. Culpa das censuras recebidas pelos mais velhos, por saberem o que rapazes mais velhos pensavam de garotinhas sensuais, por quererem me proteger. Culpa das relações erradas nas quais me meti, onde de alguma forma todos abusaram da minha autoestima inexistente. Culpa da minha falta de força de dizer não, de respeitar meus limites. Fui abusada. Mais de uma vez. Deixei que abusassem de mim. Não foi legal. O fato de eu ter deixado me abusarem não torna o abuso menos criminoso. Menos doloroso. Pelo contrário. Me faz sentir ainda mais culpada. 
Deveria ter dito não ao professor. Ter impedido ele de tocar meus seios, de morder tanto meus lábios, de ter esfregado o pinto duro dele em mim.
Deveria ter dito ao meu primeiro namorado que não queria que ele gozasse na minha boca. Que meu prazer era importante também, que aquilo tudo me fazia sentir humilhada. Não deveria ter deixado ele transar comigo depois de ter terminado o namoro. Não deveria ter me humilhado daquele jeito na esperança de que ele não fosse embora. 
Deveria ter mantido meu amigo do lado de fora de casa. Não deveria ter deixado ele entrar. Vi que ele estava fora de si, e ainda assim deixei ele entrar, porque eu tinha provocado ele e por isso deveria arcar com as conseqüências. Ora, eu não queria, e isso deveria bastar! 
Deveria ter dito não. Deveria ter sido mais firme quanto ao uso da camisinha. 
Fui tão humilhada por aquele chefe. Me sentia tão atraída por ele, e ele foi tão estúpido. Gozou sem se importar comigo, me tratou feito lixo depois. Me bateu quando eu não quis mais. Deveria ter revidado. Deveria ter sido mais firme. Deveria ter mais controle.
Deveria ter dito não à toda aquela tequila. Ainda assim, depois da tequila, deveria ter dito não ao motel. Deveria ter dito não ao sexo sem proteção, deveria ter tomado uma atitude. 

Os adultos sabiam disso, sabiam que essa sensualidade solta somada à ingenuidade e falta de auto estima traria isso. Censuraram minha sensualidade, minha sexualidade. Queriam me proteger, não os culpo. Mas de nada adiantou. Perdi a ingenuidade, a sensualidade, mas não deixei de me machucar, e muito. 

Eu fui tão abusada. E me dói tanto, e eu faço de conta que não foi nada. Faço de conta que sou forte, faço de conta que não me machucou.
Me arrancaram pedacinhos. Um a um. E eu deixei. 

O que me restou? Uma cicatriz enorme. Fora a fora em meu ventre. Machucada, calejada. Eu não poderei nunca voltar a ser aquela menina leve e sexy sem pesares. Nem quero. Aquela menina era ingênua, não sabia o que fazia. Ela se deixou abusar, porque achava que assim é que era, porque achava que estava arrasando, que ela é quem estava tirando vantagem. Não era plena, embora tampouco eu o seja agora. 
Não sou mais aquela menina. Mas ainda não sou a mulher que pretendo alcançar. 
Sou um meio termo sem definição, sem termo próprio. Tenho todas essas cicatrizes dentro de mim e queria poder curá-las. Eu preciso enterrar essa menina que se deixou sofrer. Preciso transmutar ela. Sem isso, todo o resto será apenas superficial.