segunda-feira, 27 de junho de 2011

88º dia

Ela foi pra casa hoje. 
Meu corpo reflete o quanto minha alma está exausta. 
Eu estou feliz, claro. Mas sinto que só agora tenho o direito de me abalar. Eu precisava que alguém me segurasse nos braços, pra eu poder chorar, desaguar essa dor. Alguém que não me julgue. Que seja forte por mim.

Eu preciso de ar. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

85º dia

Psicho killer, na versão original, pra embalar a sexta feira. Nada a ver com a letra ou nenhum intuito psicótico. Só porque é legal cantar "fa fafa faaa fafa fafa far better"! 






Aliás, as coisas andam melhores. Minha amiga saiu da UTI, esfriou de novo, é São João, amanhã tem comidinhas legais e heavy metal. Preciso me agilizar em um monte de coisas, mas já estou andando devagarinho. Tenho que me disciplinar mais.
Não meditei, nem fiz aeróbicos. Mas estou feliz, muito feliz. E apesar dos meus pequenos deslizes, acho que até estou bem comportada alimentarmente falando. (Eu sei, essa palavra nem deve existir.)




Bom fim de semana, aproveitem as festas e não liguem para calorias. Não agora. Ser feliz é mais importante que ser magra. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

81º dia

Ok, notei que ando com essa tendência de abandonar meu dia a dia, postando quase sempre em segundas. Que feio.
Ando comendo demais. Estou ansiosa. Preciso urgentemente voltar a meditar e fazer exercícios aeróbicos, porque parar de comer tanto está muito difícil...
Enfim. Vamos ver como me saio amanhã, porque hoje já era.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Memórias Avulsas I

Houve um verão em Curitiba. Uma semana, na verdade, naquela cidade verde e de clima instável. Eu era uma menina de 14 aninhos, com todo o calor da idade, com toda a revolta da adolescência. Linda, fresca, feliz e desfrutando de uma semi-liberdade muito desejada. Caminhei por aquela cidade, quis descobrir todos os cantos, sentir todos os odores e viver todos os amores e ardores. Conheci um japinha doido… Tinha 21 anos, eu nem lembro do nome dele. Lembro do sorriso dele, do jeito q ele me olhava. Era leve, era maluco. Beijava incrivelmente bem. Ele me procurava, eu fugia dele. 
Houve uma tarde absurdamente quente naquela cidade quase sempre fria. Andava e fugia da mão do japa, que sempre tentava agarrar a minha. E de repente  começou a chover, quis fugir da chuva e ele riu de mim. Me pegou pela mão, me arrastou para a chuva e me beijou. O beijo morno, a chuva gelada. Tão louco! Rodopiava comigo pela chuva, como uma criança, como uma cena de filme. A chuva não parava, nem eu queria que parasse. Aquela luz, o cheiro, a sensação da água. Tão poético, tão sensual. Paixão instantânea, fast food. Foi tão bom.
Houve uma noite, e nessa noite um concerto. Um tédio para tanto hormônio explodindo em mim. Nos beijamos loucamente dentro do teatro. Ele pegava minha mão e beijava meus dedos como se fossem minhas pernas. Eu não tinha sentido nada assim antes. Foi a primeira vez que peguei em um pênis. Por cima da calça, mas ele estava tão duro, e me pareceu tão ousado… E depois ele me ensinou a bater palmas, e que trompas escorrem baba, e que batom é feito para sair. 
Eu não tenho saudade dele. Não me apaixonei por ele. Na verdade, mal o suportava de tão intenso que era. Espontâneo. Me recordo sem nostalgia, mas com carinho.
Foi exatamente como uma chuva de verão. Deliciosa, fresca, intensa. Mas rápida. E uma lembrança tão boa...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

74º dia

Ok. Hoje deu tudo certo, estava tudo certo. Porque agora teve que azedar? 

Entro no facebook e aquelas frases do tipo "estou me sentindo estúpido" e "levei um balde d'água fria". Sei que estava falando para mim, embora nada o dissesse. Tentando não me sentir culpada. Sentindo que é a hora de dar um balde d'água fria definitivo. Sabe? Poxa, se a criatura não consegue perceber que estou num momento super difícil e delicado, com minha amiga mal e ainda construindo meu próprio negócio, não posso pedir mais nada dela. O mundo é ao redor do próprio umbigo. Só disse que agora não era o melhor momento, o que posso fazer? Implorar pelo contrário é que não. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pray!

Musiquinha para alegrar o dia.


Violoncellos tocando heavy metal. Gosto muito. Sem letra, mas com muito sentido. 


Pray! por apocalyptica. Se não conhece, vale a pena escutar. ;)

terça-feira, 7 de junho de 2011

amor

 "Fui ao show do Paul McCartney no Rio esse fim de semana e ele termina o show com uma frase muito bacana. É o meu lema de vida: "And in the end, the love you take is equal to the love you make". Façamos amor. O tempo todo. Com a gente mesmo, com nossa família, nossos bichos de estimação, colegas de trabalho. Só o amor pode nos curar de tanta dor."
(parte desse comentario.)

Só o amor pode nos curar de tanta dor. 

Venho pensando nisso há dias. Me escrevestes isso por uma situação tão diferente. E ainda assim se encaixa no que vivo. Acho que se encaixa no que todos vivemos. 

Eu ando triste. Triste de uma forma que não me lembro de ter ficado antes. Não é por falta de auto estima, não por falta de amor, nem por depressão ou outro transtorno. Estou triste, porque minha melhor amiga não responde, sequer abre os olhos. Essa situação toda de UTI me deixa triste, cada vez mais triste. Pensar nos motivos de ela estar lá me deixa triste. É uma tristeza que vai me anestesiando. Me impedindo de sentir outras coisas. Eu continuo querendo viver, continuo amando e tentando fazer a vida ir adiante. Mas é como se estivesse um pouco acima de mim, me assistindo. E não é agradável. Consegui chorar sexta feira. Chorei desesperadamente, e fiquei feliz, porque naquele choro eu sentia. Dor dilacerante, um medo absurdo, mas sentia. E agora voltei ao mesmo.
Eu gostaria de ter fé, essa fé bonita que a gente vê nas pessoas que rezam e acreditam que existe alguém que as abençoa, que é só amor. 
Eu não tenho certeza quanto a deus. Ou deusa. Gosto de santos, porque sei que foram pessoas reais. Porque tem falhas como nós e superaram. Mas não sou católica. Nem espírita ou africanista, embora simpatize. E respeito qualquer igreja que não tente me convencer que ela é a única certa.  Não acredito que só um grupo de pessoas tenha a verdade absoluta. 
Mas eu acredito que o amor existe. Eu acredito no amor puro, que nada exige, só existe. Acredito que o amor cura tudo, junto do tempo. E antibióticos potentes, no caso da minha amiga. Eu preciso acreditar que ela vai sobreviver, que ela vai superar isso. Eu preciso acreditar que vou voltar a sentir algo. Eu quero acreditar.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

67º dia

Passou meio voando. Comi muita bobagem. E morri de vontade de fumar um cigarrinho...
Ando com muito desejo de doce. E por estar triste/preocupada, não ando me negando. Compensando. Feio isso... Preciso dar um jeito.

leitores?

Acabei de dar uma espiada na abinha "estatísticas", queria ver o que era. Levei um susto! Umas trezentas e tantas visualizações! Ok, umas delas são minhas porque eu preciso ver se ele ainda está do jeito que fiz (sim, acontece de às vezes não estar). E tudo bem que eu imaginava que pessoa ou outra pudesse ler. Mas não imaginei que tantas, nem em tão pouco tempo. É um blog extremamente pessoal, não tem intuito de nada, além de ser meu diário da minha busca por mais sanidade. 
Mas fico muito feliz. Mesmo. Obrigada por lerem!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

64º dia

Ela continua lá. 
Uma balada do Whitesnake para acalentar o coração. Clica no título da música que ele te leva pra ela. E não se enganem. Nem todas baladas são sobre namorados.







Summer Rain

Lately I've been thinkin'
Even thou' I'm miles away
I can feel your love around me
You're with me everyday
And of all the roads I've traveled
And all that I've been through
No matter where life takes me
Never far from you

You warm me like a morning sun
With you my life is just begun

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

I traveled each and every highway
With you in my heart
And all the gold and silver
Can't keep us apart

You warm me like a morning sun
With you my life is just begun

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

You warm me like a morning sun
Baby you're the only one

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

Love comes over me, falling like summer rain
like summer rain
Pour your love on me, feeling like summer rain
like summer rain

Love comes over me, like summer rain
Love comes over me, like summer rain
Love comes over me, like summer rain
Love comes over me, like summer rain

quarta-feira, 1 de junho de 2011

62º dia

Minha melhor amiga foi internada na UTI. Anos tomando laxantes e diuréticos e uma neurose absurda com a aparência fizeram isso com ela. Não julguem. É impossível dimensionar caso não estejam na pele dela. Os músculos dela não respondem, e ainda tem uma infecção. Ela praticamente morreu, ela ainda está por um fio.
Eu tô morrendo de medo. Meu dia foi uma bosta. E não tem nada para comer. Queria algo doce.





Queria que ela ficasse boa.