quarta-feira, 27 de abril de 2011

28º dia

Fiz acupuntura. Comi tudo o que vi pela frente. Não fiz nada o dia todo, porque não tive a mínima vontade de fazer algo.


O último post ainda ecoa na minha cabeça. Sei que não é daí que surgiram meus problemas. Na verdade não sei de onde eles surgiram. Mas que é fato que essa coisa da sexualidade me perturba, é. 
Não tenho problemas com a sexualidade em si. Ela é bem resolvida. Meu namorado atual é um ótimo homem, que me faz sentir ótima quanto à isso, e ademais já me sentia tranquila quanto ao sexo antes dele. Sexo não é o problema. O problema é a sensualidade, minha auto imagem. Me pergunto se não deixei minha sensualidade de lado propositadamente. Porque é fato que eu não quero mais ser abusada, que eu não quero que pensem que podem tomar atitudes comigo pela minha aparência. 
Isso está mal resolvido, está uma bagunça. Eu sei que provavelmente deveria procurar terapia e essas coisas. Mas vou tentar resolver sozinha. Aos poucos vou me conhecendo. Seria o mesmo com um terapeuta, mas ele cobraria por isso. 
Eu sei que preciso me dar conta que não sou mais aquela menina. Que eu cresci. Que não vou deixar mais que façam coisas à mim que eu não queira fazer também. Aquela menina me fez aprender meus limites, me fez entender que o mundo é cruel e que a maldade existe. Me fez mais forte, me fez entender que a vida é dura. Mas essa menina precisa morrer. Precisa dar espaço à mulher que mereço ser. Uma mulher que sabe se cuidar, que sabe impor seus limites, que sabe o que quer. Uma mulher que não tem medo de acreditar no amor a despeito de tudo. Que é segura de si, tem sensualidade e sexualidade plenas e sadias. Uma mulher que confia no seu taco, sabe que é capaz. 


Morte e segurança. Quem diria que elas devem vir juntas?

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