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segunda-feira, 4 de abril de 2011

3º, 4º, 5º e 6º dias

Por onde começar… Sexta me comportei mais ou menos. Não creio ter ultrapassado os limites, mas também não contei. Sábado provavelmente passei. Pizzaria, tequila… E montes de cigarros. Nem liguei, era festa e eu tava feliz. 
Domingo contabilizei mal e mal 400 notas. Sabe como é, estava meio de ressaca.

Já hoje… aff. Hoje estourei tudo o que poderia. Tinha estrogonofe no almoço. Sei que é algo super calórico, confort food e até considerado brega entre os mais gastrônomos. Mas eu amo. Guilty pleasure, tenho montes deles. Comi, comi de novo e de novo de janta. Ah, e acordei com um pastel de belém… E cupcakes. 
Resumindo, foi um dia off. Amanhã terei que recomeçar. Ao menos fiz esteira e pilates. 

Agora estou aqui, vendo CQC. Não estou me sentindo super culpada. Sei que essas derrapadas fazem parte, e francamente, sem elas nem me reconheceria. Não creio que tenha sido um passo para trás. Segundo minha querida acupunturista, o que foi feito não é desfeito. Sempre se continua de onde paramos.   
E eu ando acreditando nisso. 

Por hoje é só. Amanhã, quem sabe?

quinta-feira, 31 de março de 2011

2º dia

Acabei de comer meu último petisco: um pote de iogurte. Legal, me controlei bonitinha hoje também. Consumi minhas 400 notas, fiz meia hora de aeróbicos, pilates e ioga. Estou menos esfomeada que ontem. Minha mãe cozinhou lingüiça hoje à noite e tinha cacetinho (vulgo pão francês para não provincianos) fresquinho, como eu amo. Mas não cheguei nem perto. O cacetinho chegou a olhar pra mim e implorar para que eu comesse o miolo macio dele, depois enchesse de maionese com pesto e queijo e tomate e presunto… Mas eu fui mais forte que isso. Ele continua lá na cozinha. 
Difícil vai ser amanhã… Vou fazer cupcakes, tem aniversários pra ir… (sim, mais de um). Decidi que durante a semana, 400 notas em comida são suportáveis. No fim de semana posso passar sem risco para 500 notas, já que estou fazendo tanto exercício.
Amanhã de manhã me peso. O peso que postei antes tinha constatado na verdade semana passada. Tomara que esteja mais leve… 
Força. Aguentei 2 dias. Já é mais do que foram minhas últimas tentativas. 

quarta-feira, 30 de março de 2011

1º dia

Estou pesando 65 quilos. 
Busto: 102 cm
Tórax: 81 cm
Cintura: 83 cm
Pança: 95 com
Quadril: 104 cm
Coxa: 60 cm
Braço: 30 cm
Não está bom assim.
E para melhorar a situação, que faço? Bem, estou de volta à não-dieta das notas. Não é o ideal, é só a única coisa que consigo fazer. Não sei decidir comer só alface e arroz integral até me acostumar com isso e incorporar à minha vida. Sou uma chef, comer a mesma todo dia me deixa doente. E deprimida. Essa dieta das notas não é ideal, mas me faz ter flexibilidade alimentar, o que a torna ideal para mim. E estou fazendo 30 minutos de exercícios aeróbicos, 3 vezes por semana. Além do pilates, 2 vezes por semana e a ioga. Essa só uma vez. Não é nada demais. Aeróbicos são um mal necessário. Dizem que é a única coisa que queima caloria mesmo, gordura e tal.
Hoje eu fiz meia hora de aeróbicos. Um saco. Mas fiz. 
Consumi só 400 notas, traduzindo, 800 calorias. É pouco, eu sei. Mas essa dieta trabalha com compensações. Como sei que fim de semana vou comer mais, e beber um pouco, economizo agora. Não vou mentir que não estou com fome. Comi bem, mas estou habituada a comer mais. Bem agora tinha vontade de comer meia dúzia de pães de queijo e uma panela de negrinho. Mas não vou comer mais nada. Água é saudável. E ir dormir mais cedo também. 
Força. O primeiro dia passou bem. Consegui resistir às vontades. Que venha o segundo.  

Sobre o comer...

Vou começar por onde me incomoda mais: meu problema com a balança. 
Eu não sou gorda. Mas nunca fui magrinha. Sempre fui aquela criança fofinha, adolescente arredondada e agora (adulta? ainda não…) mais cheinha. Graças aos deuses e orixás, nosso país ainda prefere as gostosas, e existem muitos homens defensores da carne. Não me sentiria bem esquelética, e acho que só ficaria bem seca se ficasse doente. 
Minha família tem seios grandes. E bunda grande. E a maioria, tem a barriga grande também. Só nos falta altura. Tirando a barriga, não é tão ruim. É um corpo que várias gurias sonham em ter, ou fazem horas de academia e cirurgias pra chegar perto. Mas isso na minha puberdade foi o verdadeiro terror. 
Vi meu corpo mudar rápido, ganhar curvas, meu peito crescer e encher de estrias. Foi terrível, odiava cada pedaço de mim. Me olhava no espelho e chorava sem parar. Minha mãe vinha e chorava comigo, desesperada, porque não sabia o que fazer. Foi complicado. Ao mesmo tempo que notava que os homens olhavam para mim, e isso me deixava feliz e toda assanhada, também sofria com aquele corpo que não conhecia. 
Aí entrei numas de fazer dieta, por conta. Começou com a da lua, e depois foi pra dos pontos. A da lua não tem lógica nenhuma, e a dos pontos pode até ser boa se bem dirigida, mas no meu caso teve um efeito negativo. Como tinha que contar tudo o q comia, e só podia comer até x pontos diários, eu comia e botava pra fora. Vomitava, pra ser mais explícita. Chegou a um ponto de eu sentir tanto prazer em comer quanto vomitar. E aí eu me sentia muito mal. Comia horrores, e ai vomitava. Não vomitava tudo o que comia, só quando comia demais. E mais tarde comecei a tomar laxantes também. 
Superei essa fase gradualmente. Hoje não vomito mais. Mas não quer dizer que está tudo resolvido. O sentimento continua, aquela auto estima abalada, e a vontade de comer o mundo e o arrependimento depois. 
Agora como para não pensar no que sinto. Se tenho um problema, acho que mereço comer tal coisa. Tipo, sorvete. Ou pão de queijo. E não como um pouquinho, como até ficar cheia. A sensação da barriga cheia faz com que eu não pensei mais no problema. Não resolve nada, pelo contrário. 
E eu gosto muito de comer. E de cozinhar. E escolhi isso para ser minha profissão. Sim, eu sou contraditória. É paradoxal. Meu problema com a alimentação mais grave (bulimia) foi curado justamente pela gastronomia. Valorizando a comida. A gastronomia me deu mais confiança, mais segurança em mim. E também me engordou 10 quilos. Eu tenho 1,56m. E peso 65 quilos. Não é um absurdo, eu sei. 
Mas me irrita a grossura dos meus braços, o fato das minhas coxas roçarem umas nas outras quando ando e as graxinhas que escapam pra fora da roupa. E me irrita também pesar mais de 60 quilos. Mais que tudo, me irrita essa relação errada que tenho com a comida. Pra mim não basta deixar de comer qualquer coisa. Quero ter a liberdade de comer o que quiser. E me sentir bem, e estar saudável. Por um lado, sou uma libertina, por outro uma escrava. Esse é o primeiro equilíbrio que busco. Esse é meu primeiro desafio.