quarta-feira, 30 de março de 2011

Começando

Quem me vê de longe, não diz que tenho problemas. Aliás, é difícil ver de longe quem tem problemas. 
Meus problemas e distúrbios não são nada que possa alterar a minha interação social. Nada que seja ruim para os outros. Mas é para mim. Me incomoda, mesmo que até a pouco tempo atrás eu mal tivesse consciência deles. Dizem que assumir é o primeiro passo. Quem sabe pra que? Assumir, tomar consciência. E depois?
Eu tenho consciência e assumo que tenho problemas. Tenho algo que nossos médicos e especialistas insistem em classificar com um geral "compulsão alimentar". Eu discordo. Concordo plenamente que tenho um distúrbio alimentar, que foi mudando com o passar dos anos. Mas o termo que mais se encaixa com o que tenho agora seria "emocional eating". Comer para não lidar com os sentimentos. Assumo que tenho um certo fraco por gastar dinheiro, especialmente pela internet. Gosto de fugir dos problemas em vez de enfrentá-los. Prefiro a noite ao dia. Empurro as coisas com a barriga. Tenho a autoestima meio em baixa. Sou resmungona, fumo ocasionalmente, tenho aversão à monogamia e puritanismo, prefiro o dia à noite, tenho uma bissexualidade não muito resolvida, fico me criticando e me comparando às outras pessoas. Tem algumas coisas que não tenho vontade de resolver, e nem vou falar mais sobre. E outras vou me aprofundar mais tarde. 
Como aprendi uma vez com uma psicóloga, só é um problema se tu te incomoda e não sabe conviver com ele. O que ainda não me incomoda e eu convivo bem, vai ficar, mesmo que tenha uns e outros que achem que eu deveria mudar. Tenho dito. 
E agora vou tentar fazer uns 30 minutos de esteira, antes que eu desista!

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