quinta-feira, 28 de abril de 2011

29º dia e enlouquecendo

To be or not to be. 
Dilemas. Porque  minha vida parece baseada neles?
Queria ao menos uma vez ter uma escolha fácil. 
Porque raios sempre aparece algo para que eu me questione? Sempre. No amor, na vida, nos negocios, na fé. 
Eu não consigo ter uma fé absoluta. Ou se tem fé, ou se questiona. Os dois não foram feitos para conviver. Sempre invejei os que tem uma fé sólida. Eles parecem tão mais tranqüilos, sem esse peso de total responsabilidade que carrego em meus ombros. "Se deus quiser, assim será" versus "se eu conseguir assim será". Se em um tira-se totalmente a responsabilidade de si, o outro joga ela toda em cima de si. O que também é mentira, porque não é querer para acontecer. Eu não acredito em muita coisa, mas sei que querer não é poder. Eu não sou o único fator que faz as coisas acontecerem. Vivemos em um mundo, em sociedade. As coisas estão interligadas. Uma coisa sempre interfere em outra. Acho que essa é a minha única crença: teoria do caos. Não me parece muito confortante. Nem um pouco para dizer a verdade. Queria ter um deus à quem eu pudesse pedir as coisas, e dormir feliz acreditando que ele me dará tudo. 
E devo ter fé que tudo dare certo? "And I think everything is gonu be all right no matter what we do tonight." Quem me dera. Em quantas situações de alto risco noose enflames a cada dia e conseguimos nos sair bem de qualquer forma, não importando as más premissas? É uma questão de sorte? Uma questão de não se preocupar, simplesmente não pensar nisso? O que me parece é que as proporções são outras, mas as chances e estatísticas estão em todos os lugares, e todos os dias, ou  nos juntamos às estatísticas ou contrariamos elas. Sem nem pensar, sem ao menos se preocupar com isso. Qual é a chance de ser atropelado ao atravessar uma rua, de pegar uma gripe, de encontrar um grande amor? Não faço nem idéia. Já contrariei algumas expectativas. Não engravidei, nem peguei nenhuma dst, contrariando minha primeira ginecologista. Ela disse que as chances eram altas, porque não tinha pai e comecei minha vida sexual cedo. Transei muito sem camisinha, mais do que deveria. E nunca consegui tomar a pílula direito. Mesmo assim, nada. Não virei alcoólatra, como meu pai. Não procuro meu pai em relacionamentos com homens muito mais velhos. Não sou uma drogada, como temiam minhas professoras. Encontrei um grande amor antes dos 20. Nem sei se são estatísticas reais. Provável que não. E todos os dias são pequenas estatísticas que contrariamos, a cada decisão.
E porque ainda assim, é tão difícil tentar ignorar mais uma estatística, fazer do meu jeito e continuar crendo piamente no acaso?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

28º dia

Fiz acupuntura. Comi tudo o que vi pela frente. Não fiz nada o dia todo, porque não tive a mínima vontade de fazer algo.


O último post ainda ecoa na minha cabeça. Sei que não é daí que surgiram meus problemas. Na verdade não sei de onde eles surgiram. Mas que é fato que essa coisa da sexualidade me perturba, é. 
Não tenho problemas com a sexualidade em si. Ela é bem resolvida. Meu namorado atual é um ótimo homem, que me faz sentir ótima quanto à isso, e ademais já me sentia tranquila quanto ao sexo antes dele. Sexo não é o problema. O problema é a sensualidade, minha auto imagem. Me pergunto se não deixei minha sensualidade de lado propositadamente. Porque é fato que eu não quero mais ser abusada, que eu não quero que pensem que podem tomar atitudes comigo pela minha aparência. 
Isso está mal resolvido, está uma bagunça. Eu sei que provavelmente deveria procurar terapia e essas coisas. Mas vou tentar resolver sozinha. Aos poucos vou me conhecendo. Seria o mesmo com um terapeuta, mas ele cobraria por isso. 
Eu sei que preciso me dar conta que não sou mais aquela menina. Que eu cresci. Que não vou deixar mais que façam coisas à mim que eu não queira fazer também. Aquela menina me fez aprender meus limites, me fez entender que o mundo é cruel e que a maldade existe. Me fez mais forte, me fez entender que a vida é dura. Mas essa menina precisa morrer. Precisa dar espaço à mulher que mereço ser. Uma mulher que sabe se cuidar, que sabe impor seus limites, que sabe o que quer. Uma mulher que não tem medo de acreditar no amor a despeito de tudo. Que é segura de si, tem sensualidade e sexualidade plenas e sadias. Uma mulher que confia no seu taco, sabe que é capaz. 


Morte e segurança. Quem diria que elas devem vir juntas?

terça-feira, 26 de abril de 2011

Abusada

Já fiquei com homens lindos que me disseram q eu sou linda e sexy. Já fiquei com mulheres lindas que disseram o mesmo. 
Quando era adolescente, a despeito da minha auto estima em frangalhos, achava que nada era páreo para meus seios grandes, cabelos loiros e saias curtinhas. Colocava meu batom vermelho e achava que estava arrasando. 
Hoje meus cabelos estão mais bonitos. De verdade que acho isso. Sei me vestir melhor, tenho estilo. Saias curtas não me pertencem mais. Uso muito mais maquiagem que só um batom vermelho. Mas não me sinto mais sexy. 
De alguma forma, aquela menina com a sexualidade a mil e sensualidade não censurada, foi embora. Em algum momento acreditei que a sensualidade não podia ser tão exaltada e cortei ela. 
Culpa do que? 
Culpa dos vários pés na bunda. Do abuso do professor que fez muito mais do que só o beijo que desejava. Culpa do amigo que nem era tão amigo e me estuprou em minha própria cama. Culpa do primeiro namorado, que queria me convencer de que era depravado, que o sexo não era tão natural assim. Culpa das censuras recebidas pelos mais velhos, por saberem o que rapazes mais velhos pensavam de garotinhas sensuais, por quererem me proteger. Culpa das relações erradas nas quais me meti, onde de alguma forma todos abusaram da minha autoestima inexistente. Culpa da minha falta de força de dizer não, de respeitar meus limites. Fui abusada. Mais de uma vez. Deixei que abusassem de mim. Não foi legal. O fato de eu ter deixado me abusarem não torna o abuso menos criminoso. Menos doloroso. Pelo contrário. Me faz sentir ainda mais culpada. 
Deveria ter dito não ao professor. Ter impedido ele de tocar meus seios, de morder tanto meus lábios, de ter esfregado o pinto duro dele em mim.
Deveria ter dito ao meu primeiro namorado que não queria que ele gozasse na minha boca. Que meu prazer era importante também, que aquilo tudo me fazia sentir humilhada. Não deveria ter deixado ele transar comigo depois de ter terminado o namoro. Não deveria ter me humilhado daquele jeito na esperança de que ele não fosse embora. 
Deveria ter mantido meu amigo do lado de fora de casa. Não deveria ter deixado ele entrar. Vi que ele estava fora de si, e ainda assim deixei ele entrar, porque eu tinha provocado ele e por isso deveria arcar com as conseqüências. Ora, eu não queria, e isso deveria bastar! 
Deveria ter dito não. Deveria ter sido mais firme quanto ao uso da camisinha. 
Fui tão humilhada por aquele chefe. Me sentia tão atraída por ele, e ele foi tão estúpido. Gozou sem se importar comigo, me tratou feito lixo depois. Me bateu quando eu não quis mais. Deveria ter revidado. Deveria ter sido mais firme. Deveria ter mais controle.
Deveria ter dito não à toda aquela tequila. Ainda assim, depois da tequila, deveria ter dito não ao motel. Deveria ter dito não ao sexo sem proteção, deveria ter tomado uma atitude. 

Os adultos sabiam disso, sabiam que essa sensualidade solta somada à ingenuidade e falta de auto estima traria isso. Censuraram minha sensualidade, minha sexualidade. Queriam me proteger, não os culpo. Mas de nada adiantou. Perdi a ingenuidade, a sensualidade, mas não deixei de me machucar, e muito. 

Eu fui tão abusada. E me dói tanto, e eu faço de conta que não foi nada. Faço de conta que sou forte, faço de conta que não me machucou.
Me arrancaram pedacinhos. Um a um. E eu deixei. 

O que me restou? Uma cicatriz enorme. Fora a fora em meu ventre. Machucada, calejada. Eu não poderei nunca voltar a ser aquela menina leve e sexy sem pesares. Nem quero. Aquela menina era ingênua, não sabia o que fazia. Ela se deixou abusar, porque achava que assim é que era, porque achava que estava arrasando, que ela é quem estava tirando vantagem. Não era plena, embora tampouco eu o seja agora. 
Não sou mais aquela menina. Mas ainda não sou a mulher que pretendo alcançar. 
Sou um meio termo sem definição, sem termo próprio. Tenho todas essas cicatrizes dentro de mim e queria poder curá-las. Eu preciso enterrar essa menina que se deixou sofrer. Preciso transmutar ela. Sem isso, todo o resto será apenas superficial.

27º dia

Eu não me comportei nada hoje. Fiz negrinho. E comi besteira. Mas me cuidei.

Meus cachorros brigaram, me estressei com isso. Odeio quando eles brigam, e tentar separar os dois é o inferno. Morro de medo q eles se matem. 

Ainda estou gripada.

Vi umas fotos minhas do feriado, e cheguei a 3 conclusões:
 -> nunca tire fotos tuas enquanto come
-> preciso emagrecer
-> minha franja não tá legal, e a escova é minha melhor amiga.

De resto, amanhã faço acupuntura. Espero que dê um up na gripe. Vou tentar meditar. E de repente começar a andar de novo. Não posso me deixar acomodar de novo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

26º dia


Eu sei. Esse é o 26º dia. E faz um tempo que não conto do dia a dia. Meu último post foi o da minha grande decepção.  
Eu não sei porque meu blog nunca está do mesmo jeito. Escolhi um padrão de letra pra ele, e esse padrão às vezes aparece, às vezes não. E o tamanho da fonte varia de post para post, mas eu sempre posto no tamanho "normal". Mistérios. Hoje não estou afim de mudar tudo de novo.
Que posso dizer? Nesses dias que não escrevi tive dias bons e ruins. Meu feriado foi ótimo, mas não me cuidei nada. Agora estou gripada, e menstruada. E isso quer dizer que vou tentar ficar boa de novo. E depois volto para as minhas neuras e pra minha luta pelo equilíbrio. Equilíbrio hoje para mim é me curar dessa gripe. E é isso que irei alcançar. 
Uma coisa de cada vez, passinhos de bebê.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Decepções

De verdade, hoje me sinto decepcionada.
Tudo bem que não estou morrendo de fome todos os dias, e que cedo constantemente às minhas vontades. Mas eu estou me esforçando. Eu diminuí de fato a quantia de comida, fico na vontade muitas vezes. Estou fazendo exercícios. Pilates, ioga, aeróbios. Estou tomando coisas que prometem emagrecer, passando cremes que prometem  diminuir a celulite. Eu estou meditando, e estou me esforçando. Então porque raios a merda da balança não me diz que isso tudo deu algum resultado?
Quer dizer, é muito esforço pra continuar exatamente onde eu estava. Exatamente. Quando eu não caminhava meia hora por dia, quando eu não fazia as abdominais horrorosas do pilates e mal e mal fazia ioga, quando eu comia o que me dava na telha. O mesmo maldito peso. 
Ok, diminuí um pouco as medidas. Mas e o peso? Porque é o mesmo? O resultado não é tão diferente assim. Estou decepcionada. Desestimulada. 
Afora isso, não vou ver meu namorado hoje à noite. Não vou ver minhas colegas de francês à tarde, nem sair com minha amiga à noite. Nem sozinha em casa eu consigo ficar. 
Não tenho vontade de me arrumar, de pintar unha, tomar banho, depilar. Nem de vestir algo decente. Não tenho vontade de sair do sofá. Estou decepcionada. 
Murcha. Sem sal. Sem vida.
Tantos sacrifícios pra que? Não me venha com essa de saúde. Era perfeitamente saudável sedentária e comilona. Não me sinto melhor, não me sinto melhor. Eu só me sinto decepcionada. Comigo, com o mundo, o cosmos ou o destino. 
Estou nublada. Hoje não sou um bom dia. 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

15º dia

Tô com sono. O dia foi preguiçoso, choveu e tal. Não fiz aeróbicos. Não comi direitinho, comi demais. Fiz pilates e ioga.
Tô com uma coisa estranha na garganta, tomara q n seja gripe ou coisa do tipo. Continuo irritada, mas descobri o que é: falta da empregada. Cuidar da casa, definitivamente, não é pra mim. Vai passar. Só espero que não tenha engordado...
Deveria ter feito as unhas hoje, vai ficar pra amanhã. Amanhã não vou ter meu amor na cama. Que será de mim? C'est la vie. Namorado univesitário é isso, aguenta.


Bons sonhos... espero que ao menos isso eu tenha.

14º dia

O 14º dia foi mais ou menos. Meditei. Fiz aeróbicos. Fiz o que devia ser feito. E comi mais do que devia. 
Estou irritada. Minha internet tá uma bosta. Só vou postar isso amanhã.
Queria ter beijado muito hoje, mas meu amor está longe…
Vou aproveitar pra dormir mais cedo, quem sabe ler. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

13º dia

Fiz esteira hoje. E apesar do negrinho imenso que comi, consegui me manter nas 450 notas. 
Meio mau humorada, com sono. Mas to legal. 

Tentei por uma calça jeans minha que usava no 2º grau. Sério, isso é tortura, mas eu não consigo me desfazer dela. Ela não passou da metade das coxas. Coisa absurda, como eu era tão estreita e me achava tão gorda? 

Tem um grilo na minha cozinha. Atrás da lava-louças. E ele quer me deixar louca, mas eu não consigo passar veneno, porque um dia aprendi que eles significavam sorte e tem toda aquela coisa do grilo do Pinóquio. Bem, sorte vou ter se conseguir dormir. 

Sempre te odiarei.

Sempre te odiei, Fulana. Desde o primeiro momento em que te vi. Deve ter sido culpa do nome. Deve ter sido culpa de teres o mesmo nome que eu, eu estar a mais tempo na escola e ainda assim eu ser a outra Fulana. Isso me irritava. Ainda me incomoda. Eu tinha o que? 10, 11 anos?
Te odiava porque tua vida parecia perfeita. Porque todos gostavam de ti, tinha todos os meninos que queria. Mesmo nunca tendo me interessado por nenhum deles, me incomodava ser tão fácil pra ti. Sempre te odiei. Odiava teu ar popular. Teu risonho forçado, teu cabelo sempre perfeito, teu sorriso sem aparelho, tuas notas boas, tua facilidade na educação física, tua desenvoltura, o jeito que as coisas eram tão fáceis e simples pra ti. Odiava o jeito que tua vida parecia propaganda de margarina. 
Odiava ainda mais por nunca teres sido grosseira comigo. Era sempre gentil com todos. Nunca pareceu ter nada contra mim. Te odiava por seres simpática. 
Não entendas mal. Ainda te odeio. Tudo continua parecendo perfeito em ti. Teu corpo é perfeito, não ter problemas em controlar peso me faz te odiar. Tua carreira desmancha, viajas por todos lugares, é o tipo de pessoa brilhante. Te odeio porque és tudo o que não sou. Te odeio porque perto de ti, me sinto com 11 anos de novo. Me sinto insegura, pequena, feiosa. Sempre me sinto o patinho feio perto de ti. Sinto como se nunca me transformarei em cisne. 
Seria um sonho se um dia soubesse que tem alguma insegurança/admiração desse tipo sobre mim. Duvido muito, mas gosto da esperança. 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

12º dia

E hoje, como toda segunda feira, foi um dia meio em vão. Fiz um monte de coisas, parece que não fiz porra nenhuma. Como um hamster que corre na rodinha. 
Sei que não comi demais, mas minha falta de fome me faz ter certeza que ultrapassei os limites de notas, com toda certeza. 
Vou tomar uma água, um banho, me deitar na cama e rezar para que amanhã seja um novo dia.

domingo, 10 de abril de 2011

9º, 10º e 11º dia

Então. Me comportei mal, muito mal, fim de semana. =D
E fiquei com muita dor de barriga (diarréia) também. 
Mas foi legal. 
E vou dormir cedo hoje, porque tenho que levar o lixo pra rua amanhã. Posso? Ave, vida de dona de casa me cansa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

8º dia

Estou ranzinza hoje. Queria comer muito, algo salgado, quente, macio. Nem eu sei o que queria na verdade. Mas estou me contendo. Amanhã vou pecar, hoje serei uma santa. Mais um iogurte e deu. 

Amanhã farei lasanha, e cupcakes. E vou beber champanhe. Ok, espumante. Mas isso não tira o glamour. 

Chorei vendo a noticia do massacre no Rio, das crianças. Não consigo entender. Se deus existisse e fosse tão poderoso, não deixaria isso acontecer. Mas isso não é com deus, é conosco mesmo. O inferno e o céu são aqui. Nada consola. Quanta dor!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

7º dia

Contablidade do dia:
Acupuntura
Aeróbicos
Voltinha com cachorro
400 notas consumidas


Acho que foi ok. Podia ter feito mais, mas... passinhos de bebê. Uma coisa de cada vez.


Estou extremamente irritada hoje. Ontem também estava. Há de melhorar. Melhoraria se o namorado da mãe parasse de trazer pão e fazer janta. Mas fazer o que?


Descobri um negócio legal hoje... Um iogurte da piá, daquela linha tipo activia, litrão, sabor tortinha de limão. Tri bom. Boa alternativa...

Boas novas

Boas do dia:
Meu peso deve ser o mesmo, não sei. Subi na balança mas desci antes dela mostrar algo. MAS… Minhas medidas diminuíram! 
As medidas que mostrei aqui antes foram tiradas dia 14 de março, quando recém tinha começado com o pilates. Essas são fresquinhas, de hoje mesmo.

Busto: 100 cm
Tórax: 78 cm
Cintura: 81cm
Pança: 92,5 cm
Quadril: 102 cm
Coxa: 59 cm
Braço: 30 cm

Me fez mais feliz. E me fez também contar minhas notas bem bonitinha hoje. Vamos ver como me comporto mais tarde… 

terça-feira, 5 de abril de 2011

O peso

(Ilustração de Ruben Ireland - recomendo muito ir ao site e ver as outras...)


Eu tenho essa mania de transformar as coisas em mais difíceis do que são. Milan Kundera, em seu livro "A insustentável leveza do ser", discute sobre o peso que damos as coisas. Nos questiona se o que não podemos suportar é a certeza do peso, ou a impalpável leveza. 
Eu gostaria de pender pra leveza, dizer que ela é mais fácil. Mas ela parece tão intangível, tão abstrata, que não sei se poderia conviver com ela. O peso nos traz segurança. Nos esmaga e sufoca, é claro, mas em algumas medidas, traz o conforto. Como o peso de um abraço sincero, de cobertas no inverno ou do corpo da pessoa amada durante o sexo. 
Mas tornar as coisas mais pesadas do que são é um martírio. São pequenas coisas, no dia a dia, que vão me sufocando, me enterrando. É uma amiga dizendo que não vem jantar comigo, uma roupa que não serve do jeito que queria, o fato de não conseguir fazer tudo o que deveria fazer, os bolinhos de arroz que fizeram pra me agradar mas tomo como ofensa pessoal, o despertador que não escutei, as cadeiras que ainda não chegaram, uma mudança de horário. 
Quando percebo, já estou descontando em quem não tem nada a ver. Não gostaria disso, nem sei qual seria a justificativa, se é que tem uma. Quero respirar, me sentir leve de novo. Dar um sorriso sincero, me deixar flutuar. 
Mas hoje não sou pássaro, não sou libélula, não sou vento. Hoje sou uma rocha. Uma rocha cansada, decepcionada e arrependida. É o peso da existência que se abate sobre mim hoje. Hoje o que não consigo lidar é com essa falta de asas, essa falta de ar sob mim.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sobre o meditar...

Me dou conta que deveria voltar a meditar. Fez uma incrível diferença pra mim quando comecei à semanas atrás… 
Meditação aquieta a mente, faz as coisas ficarem mais tranqüilas, faz a gente enxergar melhor o que acontece. Não é para que eu tenha mais controle de mim só para emagrecer. Sinto falta da meditação porque sinto que faz bem para mim.  Aqueles pequenos momentos de clareza, fazem o resto ficar cristalino. 

 "In a moment of clarity 
  it all becames crystal
and now I am trying to find someone to heal me
I'm broken"

(Evergrey - essa música  na verdade me fez perceber que eu precisava de ajuda, precisava parar te tentar me enganar)

Meditação é dessas coisas que eu não acreditava que funcionavam. É dessas coisas que sempre resisti a fazer. Por qual motivo? Não faço idéia. Fiz com afinco por uma semana e meia. E a leveza que senti foi indescritível. Nada de igrejas, nada de meditações induzidas, apenas 10 minutos diários de tentativas de silenciar a mente. 10 minutos observando a bagunça que é lá dentro. 
Porque parei? Não sei. Comodismo? Pode ser. Isso e aquela ciobinha auto destrutiva dentro de mim que tenta me afastar do que me faz bem. 

Mas amanhã voltarei à meditar. É algo que vou fazer por mim, mais que os exercícios, as dietas e esse blog. Vou meditar pela minha saúde mental.

3º, 4º, 5º e 6º dias

Por onde começar… Sexta me comportei mais ou menos. Não creio ter ultrapassado os limites, mas também não contei. Sábado provavelmente passei. Pizzaria, tequila… E montes de cigarros. Nem liguei, era festa e eu tava feliz. 
Domingo contabilizei mal e mal 400 notas. Sabe como é, estava meio de ressaca.

Já hoje… aff. Hoje estourei tudo o que poderia. Tinha estrogonofe no almoço. Sei que é algo super calórico, confort food e até considerado brega entre os mais gastrônomos. Mas eu amo. Guilty pleasure, tenho montes deles. Comi, comi de novo e de novo de janta. Ah, e acordei com um pastel de belém… E cupcakes. 
Resumindo, foi um dia off. Amanhã terei que recomeçar. Ao menos fiz esteira e pilates. 

Agora estou aqui, vendo CQC. Não estou me sentindo super culpada. Sei que essas derrapadas fazem parte, e francamente, sem elas nem me reconheceria. Não creio que tenha sido um passo para trás. Segundo minha querida acupunturista, o que foi feito não é desfeito. Sempre se continua de onde paramos.   
E eu ando acreditando nisso. 

Por hoje é só. Amanhã, quem sabe?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

não é pegadinha...

Minhas medidas me assustam. Antes de entrar para a faculdade, minha cintura tinha 73 centímetros. E agora está essa coisa. Eu também pesava menos… só uns 55 quilos. E achava que era muito… Ah, se eu soubesse! Teria aproveitado mais, me exibido mais. 
Não sei do meu futuro. Espero que eu consiga me sentir melhor com meu corpo e comigo. Pode ser que eu engorde mais, embora eu espere emagrecer… Sei que eu vou tentar não desperdiçar mais chances de ser sexy, usar as roupas que amo, me divertir na praia, transar muito e me sentir a mulher mais desejada do mundo. 
É brega, e é clichê. Qual a dieta e desabafo de gordinha não é? 


Me pesei hoje. 63,9 kg. Fiquei feliz. Eu sei que é virgula nove. Mas pesa bem menos dizer 63 alguma coisa… Fazia tempo.